‘Não será comprada’, diz Bolsonaro sobre vacina chinesa contra Covid-19

Vacina contra Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac Biotech em parceira com o Instituto Butantan, de São Paulo.

Foto: Marcello Casal Jr./ Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro desautorizou acordo anunciado pelo Ministério da Saúde e decidiu que não vai comprar as 46 milhões de doses da CoronaVac, vacina contra Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac Biotech em parceira com o Instituto Butantan, de São Paulo.

Segundo o site Poder360, o presidente encaminhou a ministros mensagens em que anuncia a sua decisão. “Alerto que não compraremos vacina da China. Bem como meu governo não mantém diálogo com João Doria sobre covid-19“, disse Bolsonaro no comunicado.

O cancelamento acontece menos de 24 horas após o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciar ter assinado protocolo de intenções para adquirir as 46 milhões de doses do imunizante chinês. No Brasil, a vacina tem sido produzida em parceria com o Instituto Butantan, instituição pública ligada ao governo paulista, comandado por João Doria (PSDB), que é desafeto político de Bolsonaro.

O presidente também manifestou publicamente, nas redes sociais, seu descontentamento com o anúncio do acordo. Em resposta a usuários do Facebook, ele reforçou que o Brasil não comprará o imunizante da China e falou até em “traição“.

“Presidente, a China é uma ditadura, não compre essa vacina, por favor. Eu só tenho 17 anos e quero ter um futuro, mas sem interferência da ditadura chinesa”, comentou o usuário, ao que o presidente respondeu:
“NÃO SERÁ COMPRADA”, em caixa alta.

A outro usuário que acusou Pazuello de trair o governo ao comprar a vacina chinesa e disse que o presidente “se enganou mais uma vez”, Bolsonaro afirmou que “qualquer coisa publicada, sem qualquer comprovação, vira TRAIÇÃO”.

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