Abraham Weintraub anunciou nesta quinta-feira (18) a saída do Ministério da Educação (MEC). A informação foi divulgada pelo próprio Weintraub, através de um vídeo postado em suas redes sociais, ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
“Eu achava que tinha pouco Weintraub aqui no Brasil, mas, cada vez, eu sinto que vocês fazem parte da minha família, e hoje eu acho que têm muitos Weintraubs. Muito obrigado. Sim, desta vez é verdade. Estou saindo do MEC”, disse.
O ainda ministro indicou que vai começar a transição para, nos próximos dias, “passar o bastão”. Nenhum nome foi sinalizado por ele ou por Bolsonaro.
Weintraub afirmou que vai cumprir um cargo diretivo no Banco Mundial.
“Neste período, eu vim um patriota que defende os mesmos valores que eu sempre acreditei: família, liberdade, honestidade, franqueza, patriotismo e que tem Deus no coração”, disse o titular do MEC, olhando para o presidente da República.
Weintraub sai do MEC de forma polêmica, após ter tido a manutenção do seu nome no inquérito das Fake News. Na última quarta-feira (17), por 9 votos a 1, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitaram o pedido de habeas corpus ajuizado pelo ministro da Justiça, André Mendonça.
No inquérito, o relator, o ministro Alexandre de Moraes, cobra explicações de Weintraub sobre as declarações na reunião presidencial do dia 22 de abril, em que ele se refere aos ministros da Suprema Corte como “vagabundos”.
A informação também foi compartilhada por sites bolsonaristas. O portal Brasil sem Medo indica que Carlos Nadalim e Ilona Becskeházy são cotados para sucedê-lo. Contudo, militares e o centrão poderiam indicar o professor e capitão-de-fragata Eduardo Melo, ex-secretário-executivo adjunto do MEC.