Em vídeo do depoimento de Flávio Bolsonaro ao Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, o senador confirmou que pediu uma reunião com o empresário Paulo Marinho no dia 13 de dezembro de 2018, aconselhado pelo pai, o presidente Jair Bolsonaro.
“Para mim, não é nada (inaudível) com o Queiroz. Todo mundo, a imprensa atirando pedra em mim [quando foi divulgada notícia sobre movimentações financeiras do ex-assessor], eu tinha que me defender, eu tinha que buscar (inaudível). Foi essa intenção, porque o Paulo Marinho, eu tinha a percepção que ele era uma pessoa bem relacionada no mundo jurídico, então, fui consultá-lo, se ele tinha uma pessoa para me indicar, foi isso”, disse Flávio, em vídeo veiculado no Jornal Nacional, ao justificar o suposto motivo de ter pedido uma reunião com Marinho.
Marinho disse, em depoimento recente ao MP, que esteve em um encontro com o advogado Victor Granado, amigo de infância de Flávio, em que o jurista lhe contou que um delegado da Polícia Federal vazou a informação previamente ao então deputado estadual da Operação Furna da Onça, que investiga esquemas de rachadinha na Assembleia Legislativa do RJ e que atinge o seu antigo gabinete e o ex-assessor Fabrício Queiroz.
Sobre o suposto vazamento, Flávio diz que, na conversa com Granado, Marinho “certamente ouviu uma coisa e entendeu errado”. O senador diz ainda que “nunca ouviu” sobre reunião que teria acontecido na porta da Polícia Federal para adiantar informações da operação.