Genro de Silvio Santos, ministro articula aproximação de Bolsonaro com a Globo

O político, que é genro de Silvio Santos, teve um encontro próximo e pacífico com o vice-presidente do Grupo Globo, João Roberto Marinho.

Foto: Câmara dos Deputados / Reprodução

Bem visto até o momento pelas grandes emissoras de televisão do Brasil, o Ministro das Comunicações, Fábio Faria (PSD-RN), vem trabalhando por uma aproximação entre o governo Bolsonaro e a Rede Globo. De acordo com o Notícias da TV, o político, que é genro de Silvio Santos, teve um encontro próximo e pacífico com o vice-presidente do Grupo Globo, João Roberto Marinho.

A conversa reservada entre os dois aconteceu há 10 dias e não se limitaram apenas a assuntos estritamente ligados à radiodifusão. A Globo, que atualmente possui uma linha editorial crítica ao governo federal, vem se posicionando a propostas em pauta no Congresso. Para que seus interesses sigam adiante, é necessário, no entanto, um bom relacionamento com a figura do presidente.

Entre os temas “sensíveis” à Globo está a abertura de investimentos estrangeiros, passando dos limitados 30% para 100%, como defende a proposta de emenda do deputado Eli Corrêa Filho. Além disso, a emissora vem acompanhando os desdobramentos da medida provisória 984, que garantiu direitos de transmissão aos clubes de futebol mandantes.

Outro ponto de atenção da platinada é o leilão das frequências de 5G pela Anatel, já que a implementação da nova tecnologia poderá afetar as antenas parabólicas e, consequentemente, causar um apagão nas transmissões dos canais abertos. Também é de interesse da emissora o bom relacionamento com o governo, em relação a renovação das concessões de TV, por parte do presidente, que vencem em 2022.

Não só a Globo, mas os radiodifusores de modo geral, esperam que Fábio Faria, sob o Ministério das Comunicações, realize diversas mudanças na legislação para garantir equilíbrio entre as empresas nacionais e internacionais. A questão tem sido baseada no pagamento de impostos, com críticas às vantagens fiscais sobre as marcas estrangeiras como Amazon, Spotify e Netflix.

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