Ministério da Economia defende fim de todas as meia-entradas

O posicionamento da pasta foi feito em consulta pública criada pela Agência Nacional do Cinema

Pasta de Paulo Guedes quer extinguir regras que garantem benefício | Foto: AgBr

O Ministério da Economia se manifestou pela extinção de todas as regras que garantem a meia-entrada no Brasil. O posicionamento da pasta foi feito em consulta pública criada pela Agência Nacional do Cinema (Ancine) para avaliar a obrigatoriedade legal do benefício e seus impactos no mercado exibidor.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo,  quase 80% de todos os ingressos de cinema vendidos no Brasil no ano passado tiveram preço de meia-entrada. Conforme a Ancine, a participação da inteira das receitas das redes cai há três anos.

A constatação é baseada em informações do Sistema de Controle de Bilheteria (SBC), por meio do qual a Ancine tem acesso às informações de mais de 3 mil salas em todo o país desde 2017. As meias são divididas em legais (permitidas por lei), promocionais – por meio de parcerias comerciais com operadoras de telecomunicações ou bancos, por exemplo – e cortesias, ou seja, bilhetes gratuitos.

Conforme dados informados pelas redes de cinema no Brasil, a Ancine descobriu que venda de ingressos na categoria inteira, que era cerca de 30% em 2017, caiu para 21,6% no ano passado. Ainda de acordo com o Estadão, quase 60% das meias-entradas concedidas no ano passado estavam ligadas às diversas leis que existem no país sobre o tema.

Há três leis federais sobre o assunto, que garantem o benefício a estudantes, jovens de baixa renda, pessoas com deficiência e adultos com mais de 60 anos. A estimativa da Ancine é que 96,6 milhões de brasileiros se enquadrem nos termos da legislação federal.

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