Um dos projetos do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos é um guia para instruir municípios a fortalecer “vínculos conjugais e intergeracionais”. O material é apontado como inédito, mas a pasta comandada pela ministra Damares não detalhou qual linha será adotada.
Segundo a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, técnicos e políticos já veem risco de que o governo reproduza um conteúdo baseado na ideologia do bolsonarismo ao invés de trazer pareceres de especialistas. O presidente do Instituto Brasileiro de Direito de Família, Rodrigo da Cunha Pereira, disse à coluna que seria melhor usar “vínculos de parentesco”, pois avalia que a expressão escolhida é “inadequada e excludente”.
“Espero que seja um programa que não discrimine e não exclua as novas representações sociais da família”, disse Pereira. Já o ministério defende o projeto ao dizer que “muitos problemas sociais podem ser evitados com o devido protagonismo da família”.