Vacinação contra a Covid-19 já evitou a morte de 43 mil idosos no país

Foto: Jefferson Peixoto/Secom

A vacinação contra a Covid-19 no Brasil já evitou a morte de 43 mil pessoas acima de 70 anos, mostra estudo inédito do Centro de Pesquisas Epidemiológicas da UFPel (Universidade Federal de Pelotas) em parceria com a Universidade de Harvard e o Ministério da Saúde.

O trabalho analisou mais de 238 mil óbitos por Covid-19 entre janeiro e maio deste ano em todo país e demonstra que, a partir da imunização dos grupos etários com mais de 70 anos, houve um declínio acentuado de mortes.

A proporção de óbitos de idosos em relação ao total de mortes pela Covid caiu de 28% para 16% entre os que têm de 70 a 79 anos e de 28% para 12% entre as pessoas a partir dos 80 anos.

No primeiro grupo, os níveis nacionais de cobertura com a primeira dose alcançaram 90% na primeira metade de maio. No grupo dos 80+, a taxa estabilizou-se em 95% a partir de março.

No mesmo período de análise, entre 3 de janeiro a 27 de maio, as proporções de mortes por outras causas permaneceram estáveis nesses grupos etários: em torno de 20% para o primeiro e de 30% para o segundo. Ao todo, foram 238.414 óbitos por Covid-19 e 447.817 mortes por outras causas.

Segundo Cesar Victora, o epidemiologista da UFPel e líder do estudo, os resultados fornecem evidências da efetividade das vacinas Coronavac e AstraZeneca em uso no Brasil, inclusive já dentro do contexto da circulação da nova variante Gama (P.1).

“Os resultados são muito sólidos. Caiu a mortalidade nesses grupos, e a gente já observa que entre 60 e 69 anos também está caindo [essa faixa não entrou no estudo]”, afirma. Não há dados separados sobre a queda de mortalidade relacionada a cada vacina.

Victora diz que os números mostram que não há sentido de as pessoas ficarem receosas em relação à efetividade dessas vacinas. “Não tem que escolher, tem que tomar a que tiver”, afirma.

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